domingo, agosto 28

Milton Santos e Josué de Castro

Mais um filme de Silvio Tendler, que não está somente ligado a alimentação, mas também com a palavrinha que vem influenciando todos os aspectos de nossas vidas : a globalização. Encontro com Milton Santos ou : o mundo global visto do lado de cá. (Brasil, 2006, 89 min - Direção: Silvio Tendler);

Para ver:





Para baixar:
Encontro com Milton Santos ou : o mundo global visto do lado de cá (torrent) - DOCVERDADE.

Para ler:
Por uma outra globalização. Milton Santos (PDF)

Mirando na questão da alimentação:
Josué de Castro. Geografia da fome. (PDF).

"Quais são os fatores ocultos desta verdadeira conspiração de silêncio em torno da fome? Será por simples obra do acaso que o tema não tem atraído devidamente o interesse dos espíritos especulativos e criadores dos nossos tempos? Não cremos. O fenômeno é tão marcante e se apresenta com tal regularidade que, longe de traduzir obra do acaso, parece condicionado às mesmas leis gerais que regulam as outras manifestações sociais de nossa cultura. Trata-se de um silêncio premeditado pela própria alma da cultura: foram os interesses e os preconceitos de ordem moral e de ordem política e econômica de nossa chamada civilização ocidental que tornaram a fome um tema proibido, ou pelo menos pouco aconselhável de ser abordado publicamente. O fundamento moral que deu origem a esta espécie de interdição baseia-se no fato de que o fenômeno da fome, tanto a fome de alimentos como a fome sexual, é um instinto primário e por isso um tanto chocante pura uma cultura racionalista como a nossa, que procura por todos os meios impor o predomínio da razão sobre o dos instintos na conduta humana. Considerando o instinto como o animal e só a razão [pg. 30] como o social, a nossa civilização, em sua fase decadente, vem procurando negar sistematicamente o poder criador dos instintos, tidos como forças desprezíveis. Aí encontramos uma das imposições da alma coletiva da cultura, que fez do sexo e da fome assuntos tabus — impuros e escabrosos — e por isto indignos de serem tocados.(...)"
(Castro, Josué, Geografia da fome : o dilema brasileiro : pão ou aço. — Rio de Janeiro : Edições Antares, 1984.)












segunda-feira, agosto 15

O Veneno está na mesa - Sílvio Tendler (Doc brasileiro!!!)




(Brasil, 2011, 50 min. - Direção: Silvio Tendler)
Este documentário é praticamente um "COMUNICADO DE SAÚDE PÚBLICA ".

O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.

O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.
(Sinopse Youtube)

Ver:
O Veneno está na mesa (íntegra) - Youtube



Baixar:
O Veneno está na mesa - flv (mediafire)


“A diferença entre um remédio e um veneno está só na dosagem”. (Paracelso – Médico e físico do séc. XVI)


quinta-feira, maio 19

DYING TO HAVE KNOWN - TERAPIA DE GERSON


Sinto quase como se fosse um dever...passar essa informação a diante.

Este documentário é MARAVILHOSO, e aterrorizante. Se você ja teve medo da medicina moderna, de drogas e alternativas químicas para problemas de saúde, assista e descubra sobre a CURA COMPROVADA ( e relatada pelos próprios pacientes) de CANCÊR, MELANOMAS e diversas DOENÇAS DEGENERATIVAS Crônicas com ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA BALANCEADA, ALIMENTOS ORGÂNCOS E OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA TERAPIA DE GERSON,um médico genial, do qual você nunca deve ter ouvido falar, graças a médicos preconceituosos e ganciosos e a indústria farmacêutica.
Dying to Have Known é um documentário dirigido e produzido por Steve Kroschel (2006).
Este documentário, divulgado no blog DOCVERDADE, é talvez, um dos que mais me aterrorizou, e mais me fez acreditar que o sistema atual está empenhado para degradar e destruir o povo por uma questão de lucro, do que qualquer outra coisa.

A Terapia Gerson, há 76 anos, vem sendo aplicada para pacientes que optaram por esta forma de medicina alternativa para curar, muitas vezes em casos terminais, diversas doenças degenerativas crônicas, tais como cancêr e melanoma.

Basicamente:
"Ao abordar o corpo na sua totalidade, a Terapia atua segundo 3 vetores complementares e sinérgicos:
- fornece todos os nutrientes necessários ao organismo;
- suprime todos os elementos tóxicos dos alimentos e da casa;
- estimula o corpo a eliminar as toxinas acumuladas."

"A Terapia Gerson abarca o corpo na sua totalidade. Não visa nenhum orgão ou sistema em particular. Todos os sistemas interagem entre si e são importantes, mesmo se alguns órgãos, como o fígado, têm actividade metabólica mais vasta, e nomeadamente a função de desintoxicação por excelência, pelo que é aquele que primeiro se pretende regenerar. Nutrição e desintoxicação dirigem-se a todo o corpo. O que importa é restabelecer o metabolismo de todo o corpo."

(Fonte: Terapia Gerson, Pedro Martins Simões, Lisboa, Portugal)

Algum tratamento, para doenças graves como estas, parece tão vasto, tão natural, e tão verdadeiro, como abordar o organismo como um todo, como ele é, interdependente?

É aterrorizantes descobrir que, um ano antes de concluir seu livro (e tendo sobrevivido) e um ano depois de escrever novamente a publicação final ( pois o primeiro manuscrito foi roubado por uma secretária) de seu estudo com cinquenta pacientes, o Dr. Gerson tenha sido envenenado com arsênico?

É aterrorizante pensar que a indústria farmacêutica, à qual durante anos todos temos confiado nossa saúde, tenha "escondido" e negado este tratamento por mais de 70 anos? Por que? Para fazer uso de quimioterapias extremamente agressivas ao organismo e que muitas vezes resultam no retorno das doenças em níveis mais graves...

Como conhecedora do Movimento Slow Food, tendo meu projeto de Bacharelado em Gastronomia sendo idealizado em cima dos preceitos da alimentação "saudável, justa e limpa", eu verifiquei as dificuldades de tentar implantar um empreendimento com valores culturais e ecológicos agregados a uma alimentação saudável na sociedade em que vivemos hoje.

Acredito que esta dificuldade se da, principalmente, pelo fato de que os consumidores, de que nós, não sabemos, não fazemos a mínima idéia, do que temos ingerindo a anos. Os alimentos não são mais vistos com o seu determinado valor. O valor de manutenção das nossas vidas.

O fato da medicina moderna basear experiências e comprovações científicas relativas a saúde somente em estudos, pesquisas e experiências com drogas (medicamentos), a impossibilita de fazer uma análise completa e veradeira dessa Terapia, que analisa e trabalha o corpo como um todo, procurando o equilíbrio do metabolismo, gerando além da cura, uma qualidade de vida cada vez maior ao paciente.

Ignorar estes FATOS, é impossível. E acredito que todas as pessoas que já conheceram alguém, ou tiveram alguma doença degenerativa crônica, ou semelhante, gostariam de ouvir todas as alternativas para cura. E algumas, tiveram a sorte de encontrar e a coragem de seguir, contra indicações de médicos preconceituosos e apegados a tratamentos químicos - com medo de abrir mão dos anos de estudo farmacêutico - por uma cura natural, encontrada na Terapia Gerson.
Não é necessário que, para acreditarmos na eficácia desse tratamento, todos os doentes que já tenham sido submetidos a esta terapia sejam totalmente curados, é necessário que estudos sejam feitos, divulgados e aplicados, para que visualizemos isto como, no mínimo, mais uma chance, mais uma alternativa - que não pode ser negada ou "escondida" - para cura.  

O link para download do documentário e dos Livros de Dr. Gerson (ótimo material, por sinal) estão em: DOCVERDADE
Documentário disponível também no YouTube.

quarta-feira, maio 11

Brasil Food Trends 2020


A Brasil Food Trends 2020 (Pesquisa Nacional da FIESP e IBOPE sobre o perfil do consumidor de alimentos no Brasil), realizada em diversos estados em maio de 2010, com homens e mulheres entre faixa etária de 25 a 60 anos, de classes A/B/C, com foco em alimentos industrializados, tem objetivo de avaliar o grau de aderência da sociedade brasileira às tendências internacionais* sobre o consumo de alimentos podendo prover informações estretégicas a respeito do comportamento do consumidor especialmente as micro e pequenas empresas. A Pesquisa faz também uma previsões do consumo futuro de alimentos industrializados no Brasil.
Abaixo uma tabela que demostra alguns dos conceitos adotados na pesquisa, o percentual de escolha e as preferências do consumidor em questão:


Item de pesquisa
Preferências do consumidor
Perfil do consumidor
Porcentagem
Sustentabilidade e Ética/ Saudabilidade e Bem-estar
- Preferência ao alimento industrializado se souber que o fabricante protege o meio ambiente ou tem projetos sociais.
- Preferência por alimentos mais saudáveis mesmo que estes sejam mais caros.
 - A procura pela qualidade de vida revela-se, nessa tendência, como um ideal mais amplo, que inclui a sociedade e o meio ambiente.
- Priorizam alimentos que tragam benefícios adicionais à saúde, selos de qualidade, informações sobre origem dos alimentos, projetos de proteção ao meio ambiente e projetos sociais.










                  21%
Sensorialidade e Prazer
- Entre o alimentos que mais gostosos e mais saudáveis, tem preferência pelo mais gostoso.
- Consumidores consideram importante que a comida seja gostosa e atraente ao paladar;
- Valorizam estes aspectos têm um estilo mais impulsivo na hora de comer, sendo guiados, sobretudo, pelo prazer sem culpa





                 23%
Conveniência e Praticidade
- Tempo disponível do consumidor para preparo de refeições em residência
- Os consumidores desse grupo levam uma vida corrida, trabalham em tempo integral e dispõem de pouco tempo para cuidar da casa, dos filhos e da alimentação da família;
- Se mostram dispostos a aumentar o consumo de alimentos industrializados se os preços forem mais acessíveis;
- Confiam na qualidade dos produtos industrializados.








                34%
(maior grupo atitudinal)
Confiabilidade e Qualidade
- Preferência por empresas, marcas, tipos de produtos e estabelecimentos comerciais.
- Consideração de marca ou empresa na hora de escolha.
- Disposição em pagar mais por um produto em que detecta qualidade;
- Consumidores fiéis, seja por empresas, marcas, tipos de produtos, seja por estabelecimentos comerciais;



 
                 23%

Fonte: Brasil Food Trends 2020. (www.brasilfoodtrends.com.br). 
Adaptado por: Adur, 2011.

O primeiro item, Sustentabilidade e Ètica/Saudabilidade e Bem-estar, são tendências interligadas no Brasil, e com forte potencial de crescimento, segundo a pesquisa. Das quatro tendências descritas do Brasil, três são também do mercado mundial:  Conveniência e Praticidade, Confiabilidade e Qualidade , e Sensoriabilidade e Prazer.
A pesquisa ainda aborda questões como o conhecimento do consumidor acerca dos termos: selo de qualidade (63% afirmaram conhecer), orgâncos (50% afirmaram conhecer), sustentabilidade/sustentável (27% afimaram conhecer), funcionais (30% afirmaram ter conhecimento), e rastreabilidade (14% afimaram conhecer), entre outros.
Dá destaque a “intenção de pagar mais por alimentos produzidos de através de práticas sustentáveis”, aonde 29% dos consumidores afirmaram que “Com certeza pagaria mais”, 51 % afirmou que “talvez pagasse mais, dependendo do produto”.
Em relação à crença de que os alimentos funcionais podem trazer benefícios a saúde, 33% dos consumidores diz “acreditar totalmente”, e 14% afirmam “não acreditar”, dentro deste último percentual, a pesquisa adiciona que 22% (maior percentual) destes consumidores são da classe D/E. 

Dados como estes tornam possível que se traçe um perfil do consumidor brasileiro em relação  ao consumo de alimentos industrializados, assim como conhecimento dos mesmos em relação a termos que estão recentemente sendo mais discutidos quando se trata de alimentação como sustentabilidade, orgânicos, entre outros. 
Mesmo com abordagens em relação a sustentabilidade, rastreabilidade de produção dos alimentos, a tendência continua sendo o consumo rápido (fast food), e os alimentos industrializados ganham características sustentáveis, mas não se pode esquecer que ainda assim, são produzidos por um sistema baseado em leis da indústria, e estes devem ser consumidos em pequena quantidade (já que hoje em dia é praticamente impossível excluir o consumo de alimentos industrializados da população brasileira) se existe a procura pelo consumidor de manter uma alimentação saudável e limpa no sentido de danos ao meio ambiente e a cultura alimentar. 

* "Considerando que os estudos foram realizados em mercados com os quais o Brasil mantém importante intercâmbio comercial e cultural, partiu-se da premissa que essas tendências
já chegaram ou chegarão ao Brasil". (Brasil Food Trends 2020).

Para mais informações acesse: Brasil Food Trends 2020.



 

sábado, maio 7

NESTE CHÃO TUDO DÁ - Semeando idéias e colhendo conhecimento. Ernst Gotsch

Do documentário, NESTE CHÃO TUDO DÁ – Semeando idéias e colhendo conhecimento (Brasil, 2008, 22 min - Direção: Felipe Pasini); de meados de 2007, que fala da produção de alimentos aliada à sustentabilidade da fauna e flora local, a inclusão social do camponês, a variedade de espécies vegetais sem o uso de defensivos ou adubos químicos, chamada de policultura da agrofloresta, pesquisada e colocada em prática pelo pesquisador e agricultor suíço Ernst Gotsch.

“As coisas não são para se fazer, estão sendo feitas. Então não tem mal, tudo é certo, tudo é bom, só que você tem que tentar se inserir no sistema. Você não pode fazer as leis, as leis são dadas. Quando um elemento se comporta de forma desarmonioza em relação ao macroorganismo cujo parte ele é, ele causa modificações dentro deste macroorganismo, que fazem com que a presença dele, do desarmonioso, chegue a ser inoportuna, isto é o homem moderno. A presença dele no planeta está inoportuna da forma como ele se comporta.”

“A humanidade moderna, ela aplica quase em sua integridade, os princípios de concorrência e competição fria. Então concorrência e competição fria não te permite plantar as coisas juntas. Por que as pessoas não imaginam que alguém, que as plantas, possam ser diferentes delas.”

A policultura da agrofloresta vai totalmente contra os modos de plantio e cultivo mais utilizados hoje em dia. Seu princípio é imitar os processos de sucessão natural das espécies que acontece na floresta, conseguindo assim que varias espécies sejam produzidas em uma mesma área, inclusive no sertão, como mostra o documentário. “Combinando culturas agrícolas e florestais, trazendo benefícios para o ecosistema e o produtor”.



A técnica também serve para regeneração de áreas, com um método de plantio e manejo sistematico de recuperação de solo e vegetação, em longo prazo. Mas além disso, o documentário mostra uma nova maneira de interpretar e viver a vida no campo, aonde o agricultor aprende a reestruturar a mata de maneira produtiva, dela tirando sua renda e inclusive alimentação própria. Traz a valorização do homem do campo, assim como procura mesclar, com as crianças, ensino e prática. Aonde a floresta alimenta e ensina.

Genial.

Agradecimentos a (Link para downlaod): DOCVERDADE.

SLOW FOOD - Princípios da nova gastronomia

Um trecho do livro Slow Food: Prinípios da nova gastronomia, de Carlo Petrini. Imprescindível para o entendimento da nova gastronomia, ecogastronomia, do Movimento Slow Food, e dos motivos da atual situação do sistema alimentar adotado pela sociedade capitalista (entre muitas outras coisas). Para mim, uma pedra fundamental da gastronomia.  


" O alimento é o principal fator de definição da identidade humana, pois o que comemos é sempre um produto cultural. Se aceitarmos a existência de uma contraposição conceitual entre natureza e cultura (natural versus artificial), o alimento é resultado de uma série de processos (culturais, no sentido que introduzem elementos artificiais na naturalidade das coisas) que o transformam de algo completamente natural ( a matéria-prima) em um produto cultural (aquilo que se come).
O homem colhe, cultiva, domestica, desfruta, transforma, reinterpreta a natureza toda vez que se alimenta. Quando produz, altera os processos naturais, influencia-os para criar a própria comida; a passagem das economias de colheita às agricolas é a história do homem que se assenta, cultiva, cria gado, e manipula a natureza segunda as suas necessidades. Quando o homem prepara suas refeições, à diferença dos outros animais, utiliza tecnologias mais ou menos sofisticadas que transformam a matéria: fogo, fermentação, conservação, cozinha. Quando consome, enfim, escolhe com maior ou menor precisão como, o que, onde e quando comer.
De uma perspectiva histórica, o conjunto desses processos é altamente complexo, submisso a uma identidade humana muito instável e constantemente redefinida, influenciada por intercâmbios, encontros, inovações, contaminações, alianças e conflitos. É apropriada a metáfora sobre as raízes da nossa identidade utilizada por Massimo Montanari para explicar o alcance de tal complexidade:

  • A procura das raízes [...] nunca chega a definir um ponto do qual partimos, [...] mas, ao contrário, um cruzamento de fios cada vez mais amplo e complicado à medida que nos afastamos de nós. Nesse intrincado sistema de aportes e relações, não as raízes, mas nós somos o ponto fixo: a identidade não existe no início, mas no fim do percurso. Se justamente de raízes quisermos falar, usemos até o fundo a metáfora e imaginemos a história da nossa cultura alimentar como uma planta que se abre  à medida que afunda no terreno [...]. O produto está na superfície, visível, claro, definido: somos nós. As raízes estão abaixo, amplas, numerosas, difusas: é a história que nos construiu.*

Essa metáfora também será utilizada por mim, uma vez que devolve a importância ao alimento, possibilitando observar sua correta dimensão. Sob o impulso frenético do pensamento tecnocrático e reducionista, caímos na tentação de deixar de lado o conjunto de processos e inter-relações que nos permite comer todos os dias e considerar apenas o resultado, ou seja, o alimento que engolimos. Ainda assim, essas "raízes" são determinantes e devem ser tema de reflexão. Parafraseando Montarari, diria que o produto está na superfície, visível - é o que temos todos os dias no prato. As raízes estão embaixo, abundantes, numerosas, difundidas - é o modo como os alimentos se tornaram comida, como foram criados. "

PETRINI, Carlo. SLOW FOOD:Princípios da nova gastronomia (Buono, pulito e giusto: principî di nuova gastronomia). Editora Senac SP, 2009. p. 44 e 45.

*Massimo Montanari, Il cibo come cultura (Roma/Bari: Laterza, 2004). [Ed brasileira: Comida como cultura (São Paulo: Editora Senac SP, 2008), p. 190]